Por José Joacir dos Santos
Em um país como o Brasil não é fácil se estabilizar profissionalmente como terapeuta. Ao mesmo tempo, é um dos poucos países do mundo ocidental a oferecer muitas oportunidades, inclusive com o ensino gratuito (primeiro, segundo grau e superior) e até noturno. E por falar em ensino, estudar e se manter atualizado é o item número um para quem quer se estabelizar em qualquer categoria de terapeuta. Fazer cursos sólidos e profissionalizantes na terapia deseja é prioridade. Em quase todos os estados brasileiros há boas escolas de terapias ou nos estados vizinhos. Claro, é preciso investir e se profissionalizar como terapeuta é necessário investir e nada é impossível.
Se você olhar ao redor vai facilmente identificar quem não concluiu o segundo grau nem fez uma faculdade, embora as escolas sejam públicas, gratuitas. Também vai encontrar pessoas que tentam driblas o povo com falsos cursos e certificados. O que vai chamar a sua atenção é acondição social de quem largou os estudos ou simplesmente nunca tentou. Não há muito espaço para terapeutas que não tenham pelo menos o segundo grau completo. Se a pessoa tem idade abaixo de 30 anos, não concluiu o segundo grau, não fez uma faculdade, não vem de uma família rica e esmoba fartura, saia de perto. Dinheiro não cai do céu. Fama e farturas rápidas, sem base sólida, podem ter um pé na criminalidade. Quantos influenciadores já foram presos? Quantos falsos terapeutas já denunciados? Vamos que Antonio não foi em frente nos estudos, não se profissionalizou e agora anda de carros de luxo indo para Disleylandia todo ano… Algo está fora do padrão.
Para se estabelecer e se manter fortalecido em qualquer categoria de terapeuta você tem que ser bom e fazer o que realmente gosta de fazer na vida. Não é fazendo cursos à distância ou comprando certificados na internet que você vai se tornar bom profissional, reconhecido pelo publico. E a grande sorte do terapeuta é ser conhecido de boca em boca. Você pode viver de negação, mas o público não. Além das suas qualificações, qualidades e aprendizado real e honesto, você tem que firmar os pés no chão, fazer contato com profissionais também honestos, fazer reciclagens nos seus certificados, ler livros e investigar mais sobre o que você se dispõe a oferecer como profissional. Vamos dizer que você fez até o Nível 2 de Reiki e quer trabalhar como profissional. Então, além de checar se a linhagem da pessoa que lhe iniciou é verdadeira, você precisa reler o ensinamento recebido para não começar a inventor o que não é princípio da Terapia Reiki. Essa terapia tem uma particuliaridade: o aluno precisa ser iniciado presencialmente por um (a) mestre credenciado e de linhagem reconhecida. Se você caiu em um golpe, peça ajuda. E tem golpistas nesta ceara. Outro exemplo, imagine voce se consultar com um terepeuta floral que fez um curso automatizado de EAD e nunca viu a cara de um professor de florais…
Apesar das terapias antigamente chamadas de holíticas e hoje de Práticas Integrativas de Saúde serem legalizadas no Brasil (não todas), é recomendável que o terapeuta se mantenha filiado a uma associação da classe a quem pretence, por exemplo, Reiki (www.ametereiki.com.br) e florais (www.asteflor.com.br). Muitos terapeutas não entendem essa necessidade e têm dificuldade de manter uma filiação, por mesquinharia ou falta de focalizar no que realmente interessa que é a sua profissão. O que acontece se o terapeuta não se filia a uma entidade da sua classe? Não é reconhecido como profissional e no futuro próximo não poderá trabalhar para o SUS. Existem sindicatos, mas as obrigações financeiras são mais pesadas. Mesmo assim é preciso investigar o sindicado ou a associação antes de se filiar.
Para se instabilizar na profissão, o terapeuta precisa se manter firme, fiel, focalizado, investir nela. Estabelecer metas alcançáveis, por exemplo, adquirir seu próprio espaço de trabalho, manuais sólidos e confiáveis, uma rede de amizade com outros terapeutas de suas categorias.
Um grande baque nas terapias foi a Covid-19. Quem alugava espaços teve que fechar. Terapeutas florais, por exemplo, que trabalhavam sem muito foco, não puderam se manter. É preciso que o terapeuta se mantenha aberto a possíveis mudanças e tendências, por exemplo, se disponibilizando a dividir espaços com outros terapeutas e outras categorias. Dependendo da categoria e de onde o terapeuta mora, as dificuldades de manter um consultório podem ser maiores. Há estados no Brasil onde a população sofre grande influência de seitas cristãs que menosprezam terapias e invertem valores religiosos, é difícil trabalhar com Reiki, floral, massagens etc. Há municípios que nem conhecem as Práticas Integrativas de Saúde. Não podemos esquecer que Jesus adorava uma massagem com óleo essencial nos pés, que era um costume daquela época.
Um item é essencial: a própria saúde. O terapeuta tem que cuidar de si mesmo, se submeter a terapia quando necessário, ter um plano de saúde, ter um estilo de vida saudável e holístico porque qualquer que seja a especialidade da terapia, a gente trabalha mesmo é com energia. Se o seu conhecimento sobre energia no sentido holístico e das Práticas Integrativas de Saúde é pouco, é hora de estudar.
24/09/2025
joacirpsi@gmail.com